Qualquer cidade desse Brasil tem motoristas que dirigem com a intenção de chamar atenção de pedestres. O perfil é sempre o mesmo: jovem do sexo masculino com vontade de arrancar suspiros de mulheres e/ou impressionar amigos. E são taxados de loucos por motores. E é aí que entra a razão deste texto.
Se eles são ou não loucos por motores ninguém pode atestar. Entretanto, que eles são malucos qualquer um pode, porque são. A intenção de quem anda em alta velocidade pela cidade não é de sentir a emoção de ouvir um ronco do motor bem construído ou desfrutar de um boa suspensão. Nada disso. Talvez seja de mostrar que seu carro é potente, novo ou seu; ou ainda dizer que tem habilidades para fazer manobras "alucinantes".
Um boy não sabe o que é McPherson, multibraço, árvore de balanceamento, diferencial, cardã, trambulador, etc. Um boy não percebe os efeitos da relação r/l ou de uma roda maior. Não percebe os limites do carro ou moto que conduz. Portanto, boys não são entusiastas.
E tem a responsabilidade social. Acredito que o Felipe Massa dirige sua Ferrari "como gente" de juízo, apesar de muitas habilidades que possui. O mesmo vale para Valentino Rossi e sua R1. Eles têm noção de perigo. Sabem que não precisam provar o que sabem. Bem o inverso de um garoto que solta hormônios pelos poros. Ser maluco não é ser entusiasta.
Esses malucos pensam que Potência é Prazer. Não que essas duas coisas sejam antagônicas. Não é isso. Prazer é fruto de Perfeição com Sensibilidade, acrescida de Paixão. Se tiver potência e torque tudo fica melhor. Mas a Sensibilidade é crucial.
Esse negócio de chamar de malucos por carro os jovens irresponsáveis (nem todos jovens são irresponsáveis) não é certo. Malucos são. E só.
Se eles são ou não loucos por motores ninguém pode atestar. Entretanto, que eles são malucos qualquer um pode, porque são. A intenção de quem anda em alta velocidade pela cidade não é de sentir a emoção de ouvir um ronco do motor bem construído ou desfrutar de um boa suspensão. Nada disso. Talvez seja de mostrar que seu carro é potente, novo ou seu; ou ainda dizer que tem habilidades para fazer manobras "alucinantes".
Um boy não sabe o que é McPherson, multibraço, árvore de balanceamento, diferencial, cardã, trambulador, etc. Um boy não percebe os efeitos da relação r/l ou de uma roda maior. Não percebe os limites do carro ou moto que conduz. Portanto, boys não são entusiastas.
E tem a responsabilidade social. Acredito que o Felipe Massa dirige sua Ferrari "como gente" de juízo, apesar de muitas habilidades que possui. O mesmo vale para Valentino Rossi e sua R1. Eles têm noção de perigo. Sabem que não precisam provar o que sabem. Bem o inverso de um garoto que solta hormônios pelos poros. Ser maluco não é ser entusiasta.
Esses malucos pensam que Potência é Prazer. Não que essas duas coisas sejam antagônicas. Não é isso. Prazer é fruto de Perfeição com Sensibilidade, acrescida de Paixão. Se tiver potência e torque tudo fica melhor. Mas a Sensibilidade é crucial.
Esse negócio de chamar de malucos por carro os jovens irresponsáveis (nem todos jovens são irresponsáveis) não é certo. Malucos são. E só.
3 comentário(s):
Ótimo texto. É essa gentalha que queima o filme dos entusiastas de verdade.
Por que será que o tuning morreu? Era alimentado por pseudo-entusiastas!
Vc está absolutamente certo. Gostar de carros ou ser entusiasta pra essa gente é ter rodas enormes, película da mais escura possível, carro "no chão", adesivos pra todo lado, DVD, e outras tantas bobagens que ou pioram o visual ou o comportamento do veículo.
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