2 de set. de 2009

Ressurreição dos motors , ou melhor, dos mortos

O Camaro estava cansado de vender pouco. Tinha depressão há tempos porque havia muitos esportivos modernos no mercado, sempre com motores melhores e mais econômicos. Era grande, pesado e feio. Não aguentou e cometeu suicídio.

Por causa do seu passado meio sujo, de poluição e rachas, foi para o purgatório. Quatro anos depois já não suportava o calor do purgatório e nem ver o seu antigo concorrente fazendo o maior sucesso com traje dos anos sessenta. Começou ensaiar a volta. Preparou o traje e chegou bem na hora que um outro concorrente, o Challenger, apareceu pra festa.

Nuns tempos desses começou um negócio de trazer de volta modelos de que fizeram sucesso no passado. A Mercedes-Benz foi quem começou toda história ao querer reviver os tempos de Maybach. Depois de muito tempo ela relança a marca de luxo em dois sedãs baseados no Classe S.

A Dodge volta a fabricar um carro chamado Charger, aproveitando o nome forte do muscle car num sedã potente e igualmente musculoso. E tem o 300C, herdeiro da lendária série 300. O atual Challenger não aproveitou apenas o nome, mas o estilo por completo do modelo da década de 60.

A Chevrolet lembrou o passado com SSR, uma picape conversível com estilo dos anos 50, de produção limitada. Depois relembrou com o HHR, um utilitário mecanicamente moderno e baseado nos antigos e grandes modelos com carroceria de madeira.

E nesses relançamentos a VW aparece para resgatar do além o seu cupê, grande concorrente do Ford Capri e do Opel Manta, o Scirocco. Primeiro ela mostrou o conceito Iroc (muito mais bonito que o produto final) e percebeu a boa aceitação.

A Chevrolet estava precisando de um novo esportivo barato, pois a ressurreição do Pontiac GTO foi um fracasso - porque era produzido na Austrália, e aproveitou um nome de sucesso, símbolo de potência e modernidade noutrora.

E nome de sucesso tinha a Nissan: Skyline GT-R. Os fãs da marca se sentiram mal quando perceberam o Skyline se transformar em mais um carro de luxo, deixando de ser o Godzilla. A Nissan, que não é boa, trouxe de volta só o sobrenome, GT-R, num cupê exclusivo e certamente melhor do que se fosse baseado no carro que é vendido também pela Infiniti. Foi sucesso imediato.

Talvez essa onda de ressurreição acabe. Se não acabar podemos esperar os novos Ford Capri, Probe, Chevrolet Monte Carlo, Ferrari Testarossa...

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