9 de jan. de 2010

AUTOPAPO COM UM CABEÇA-DURA


Outro dia estava conversando com um daqueles mecânicos que gostam de coisa antiga. Não por saudosismo, mas por falta de informação. Como se não bastasse as idéias incompatíveis, já que defendo os carros novos por motivo lógico, ele é daqueles caras que nomeiam peças com nomes de alguns órgãos e atividades humanas...

Começamos a falar sobre acidentes e como são feitos os reparos. Falávamos sobre solda, massa, tinta, etc e ele disse que os carros novos são muito inseguros. E ainda perguntou: "Você vê algum Maverick ou Landau capotado em curvas por aí?". Respondi que não os vejo nem trafegando, quanto mais capotados!

Falei que os carros antigos eram inseguros demais. Basta comparar o 147 com Mille (que já não é mais um exemplo de segurança), o Opala com o Omega, a Kombi com a Ducato, enfim. Os velhinhos não tinham freios, suspensões e nem motores eficientes como os atuais. E mais: uma Meriva não seria possível com a tecnologia dos anos 70 ou 80.

Ele, com poucos argumentos e orelhas vermelhas, falou sobre lataria, alegando que o Fiesta se desmancha num acidente, contrário do Corcel II. Ah, foi nessa hora que arrumei um problema, pois ninguém conversa com gente cabeça-dura, apenas discute. Falei, em tom irônico, que o Corcel não tinha motor para causar um acidente sério e que a lataria do Fiesta é molenga, mas há uma estrutura reforçada formando uma gaiola que proteje os ocupantes.

Os acidentes atuais são sérios e em boa parte deles a tecnologia não foi capaz de salvar vidas. No entanto, os carros são mais velozes e os condutores, mais irresponsáveis que os antigos.

Foi o fim, pois ele nem sabia o que é célula de sobrevivência, pois nunca leu uma revista e nem conhece a Internet.

Para encurtar conversa e perguntei: Por quê você não escolheu uma senhora de setenta anos para desposar? "Ora, porque uma mulher nova é muito mais bonita, saudável e dá mais prazer ". Então experimente um desses carros novos e verá o quanto eles são mais bonitos e dão muito mais prazer. E nem dão dor de cabeça por causa de "problemas de saúde"!

4 comentário(s):

Luiz disse...

Isso é muito mais comum do que vc imagina.Moro no interior e conheço dois irmão mecanicos em minha cidade que simplesmente não consertam carros da Fiat. Passados 33 anos da Fiat por aqui eles ainda tem preconceito contra a marca. Injeção eletronica então nem pensar...Se limitam a consertar Kombis, Monzas, Del Reys, Gols carburados,etc. Pararam no tempo
Os carros antigos eram umas bombas. Tenho 46 anos e desde o inicio dos anos 80 tenho carro. Os carros antigos tinham lataria rígida, que não absorvia impactos e numa batida transmitia toda energia cinética para o motorista (que nunca usava cinto).E a corrosão? Em 1979, uma Brasilia comprada zero km pela minha mãe já tinha pontos de ferrugem com apenas seis meses de uso.
Quem gosta de carro velho, para trocar platinado e desentupir carburador, é maluco.

De Gennaro Motors disse...

Ola amigo

parabens pelo site !

sou editor do www.degennaromotors.blogspot.com

posso add seu link na lista de sites interessantes ?

abraço!

Fernando Gennaro

Diego de Sousa disse...

Fique à vontate, caro Fernando. Seu blog já está na lista do Meu Amigo de Lata.

cRiPpLe_rOoStEr a.k.a. Kamikaze disse...

eu até gosto de carros antigos, e alguns modelos se destacaram por terem sido inovadores em alguma época... fora isso, eu não tenho tanta paciência para mexer com sistemas eletrônicos (mesmo tendo só 20 anos), mas até me viro bem para mexer com um motor carburado... a propósito: no interiorzão mesmo é comum encontrar mais carros velhos por necessidade, justamente por ser mais difícil para os mecânicos encontrar cursos de atualização...

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