19 de set. de 2009

Um doloroso passeio


Quando um motorista zela o seu automóvel tem o cuidado de não colocá-lo em pisos que prejudiquem os seus componentes de suspensão e escape. E não é por amor a um bem material, mas por economia, já que desleixo é rasgar dinheiro.

Meu pai, que sempre cuidou do carro por economia, sempre escolhe um caminho mais longo para não passar pelas ruas com péssimo calçamento que existem na região nordeste. Feito com qualquer pedra, seja pontiaguda, quadrada ou redonda, tem uma superfície muito grossa. Só para dar uma idéia ao leitor, uma mulher de salto alto não consegue caminhar na maioria das ruas!

Isso prejudica bastante o acabamento de carros e motos. Painel, vidros e suspensão começam a fazer barulho. As carenagens da moto se afrouxam, fazendo um barulho desagradável. Só escapam mesmo os veículos com pneus de alto perfil, como picapes e caminhões.

A suspensão tem um desgaste prematuro pela vibração e, mesmo que o carro tenha sido testado em condições extremas, com alguns meses as peças dele transformam-se em irritantes instrumentos musicais.

Esse pavimento de má qualidade é o produto da irresponsabilidade dos prefeitos, que querem mostrar serviço e contratam qualquer empresa para cobrir as ruas.

Para passear a pé ou motorizado é melhor o chão batido a um calçamento mal feito. A poeira é muito melhor que ruídos desagradáveis e peças frouxas.

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