6 de mai. de 2020

Honda Civic

Por muitos anos o segmento de sedãs médios era disputado apenas por Chevrolet e Volkswagen, bastou a Toyota lançar o Corolla 2003 para tirar o Vectra da liderança e expulsar do pódio o Santana. Mas a vida do "novato" não foi sempre fácil, em determinadas ocasiões perdeu o posto para o Honda Civic, outro japonês que se mantém sempre atualizado.

O Civic foi nacionalizado na mesma época, ali no final dos anos 90. Estava na sexta geração e usava um 1.6 de apenas 14,8 m.kgf. Em 2006 ganhou a geração de conhecemos como New Civic e desde então tem conquistado um público mais jovem que o Corolla, apreciado por pessoas mais maduras. É porque a diferença entre os dois é nítida.

Naqueles anos o Corolla era um sedã pacato, equipado com o elástico 1.8 VVT-i da família ZZ conectado a um câmbio automático de quatro marchas ou a um manual de cinco -- com engates de caminhão. Suspensão macia até demais, interior clarinho, carro bem agradável no cômputo geral.


O New Civic era esportivo. Direção rápida, volante atua como um guidão, suspensão rígida. Anda em altas velocidades na maior tranquilidade, embora motoristas menos experientes fiquem um pouco tenso com o volante arisco demais. O porta-malas é pequeno, menor que do Vectra hatch -- apenas 340 litros!. Era um carro pra jovens mesmo, até eu o rejeitei quando pude.

A geração seguinte ficou mais dócil, direção mais lenta, design mais convencional. Resolveu dois problemas: consumo elevado e porta-malas pequeno, agora de 449 litros. Esta versão foi abordada na série abaixo.


O Civic de décima geração foi apresentado mundialmente em 2015 e no mercado brasileiro no ano seguinte como modelo 2017. Em termos de design tentou novamente causar impacto como o modelo de dez anos antes, mas envelheceu rápido, em três anos acabou sendo mais um "Hyundai" chamativo. O bom é que as qualidades técnicas estão lá.

O melhor é a direção elétrica variável, que combinada à nova suspensão e ao sistema de vetorização de torque faz do Civic G10 um sedã de comportamento irrepreensível. Continua esportivo, mas não deixa o motorista tenso. Melhor isolamento acústico, suspensão mais confortável, porta-malas de 519 litros: mais familiar, mas ainda entusiasta (um Honda de verdade).

São quatro versões até 2019 e cinco em 2020, uma delas com opção de câmbio manual um delicioso seis-marchas. Os motores são econômicos. Particularmente gosto mais do Civic Sport 2018 na cor branca. 

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