É certo que ninguém tem condições de desbancar a Honda Motos no Brasil porque ela tem 80% do mercado há anos e reage à concorrência com uma rapidez incrível. A Yamaha, única que poderia ter evitado o crescimento da arquirrival, nunca se preocupou em fazer Benchmarking para ao menos acompanhar o sucesso da eterna inimiga.
A Honda chegou ao Brasil um pouco depois da Yamaha com seus motores quatro-tempos e graças à sua competência conquistou milhões de clientes. A Yamaha, por sua vez, manteve os arcaicos dois-tempos por décadas, como se o mercado não estivesse exigindo o fim da fumacinha malcheirosa que deixava roupa e cabelo nada agradáveis ao olfato.
É difícil saber se existe uma empresa mais lenta que a Yamaha quando o assunto é acompanhar o mercado. A Honda lançou a Bros (mais adaptada ao uso diário que a XTZ), os motores 150 e 300, a Hornet 600 (que tem mais cavalos que a XJ6, apesar desta ser excelente) e a Kawasaki lançou a Ninja 250, que está na segunda geração e tem motor 300. A Yamaha lançou alguns produtos interessantes, como a Ténéré 250, que de tão alta não é para todos. E só.
Lá se vão nove anos e nada de uma popular com motor 150 para acompanhar a Titan de 2004. Nesse período muitos yamahistas compraram Honda, muitos admiradores da YBR deixaram a marca. É muito tempo para um mercado de milhões de unidades, um mercado exigente. Não há justificativa plausível para tanta demora.
A empresa que faz R1, XT 660R, WR 450, motores para a Volvo e ajudou no desenvolvimento do Lexus LFA não pode ter uma mísera popular 150 no Brasil, o mercado mais importante da gigante Honda?
Enfim, uma Yamaha 150 no Brasil
Até na vizinha Argentina existia uma 150 da marca, a FZ-16. Só faltava o Brasil, um dos maiores mercados do mundo e talvez o mais lucrativo. Só faltava.
Será lançada em setembro a nova "YBR" 150 BlueFlex, que terá farol diamante, painel digital com conta-giros analógico, rodas de liga com disco de freio na dianteira e injeção eletrônica. A fábrica já começou a gravação dos comerciais, mas não revelou detalhes como potência e preço.
1 comentário(s):
"É difícil saber se existe uma empresa mais lenta que a Yamaha quando o assunto é acompanhar o mercado."
Renault.
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