8 de ago. de 2010

E SE O VOLT FIZER SUCESSO?


Quem assistiu ao documentário Quem matou o carro elétrico? conhece um pouco da trajetória da tecnologia que promete ser a do futuro. Porém, o documentário nos fez acreditar que esse futuro esteja distante, ou mesmo nunca chegue, por mostrar gigantes do governo e da indústria que jamais desejarão uma tecnologia que não traz lucros imediatos, mesmo que seja um pouco mais limpa.

As últimas cenas, que mostravam Honda FCX, Saturn EV e Toyota Rav4 EV destruídos, abalaram os sonhos de quem acreditava num futuro de carros silenciosos e econômicos. Parecia que alguma [desconhecida] pressão impusera um fim definitivo ao desenvolvimento daquele tipo de propulsão.

Porém, todas as empresas mostradas possuem carros ecológicos. A Honda vende por leasing o Clarity, a hidrogênio, e os híbridos Insight e CR-Z; a Toyota tem médios e limusines híbridas; a GM tem vários híbridos e lançará o Chevrolet Volt, um hatch totalmente elétrico que será comercializado no mercado europeu como Opel Ampera. Ao que parece, aquele fim não foi definitivo.

Entretanto, as esperanças permanecem pequenas. Ainda há dúvida sobre a possibilidade de recolhimento do Honda Clarity e o insucesso do Volt, os dois “verdes” excêntricos. Será que alguém porá fim neles?

Ninguém pode dar certeza que sim ou não. Mesmo assim, é recomendável dirimir as esperanças de um futuro sem problemas, mesmo que se possa desfilar em silêncio e abastecer em casa. A evolução sempre será incompatível com a nossa evolução -- não vivemos como Adão e Eva antes da serpente -- e os ditos carros ecológicos demandarão muitos recursos naturais.

Os rios serão modificados para abrigar usinas enormes para gerar eletricidade para os milhares de carros que sairão todo mês das lojas. Leito e fauna sofrerão com as mudanças intensas: terão de adaptar-se ao novo mundo que usa bastante energia elétrica. As usinas a carvão funcionarão a “todo vapor”, liberando poluentes para dar recursos aos ecochatos que andam se gabando. As usinas atômicas farão parte de repercussões e problemas. E quem acha que o petróleo será usado apenas em vidrilhos expostos em laboratórios, se engana bastante. Por fim, haverá muitos problemas com descarte das baterias.

Por isso, de imediato é muito mais sensato acreditar e investir pesado em motores a combustão mais eficientes. Lógico que é preciso pesquisar as novas possibilidades, pois a evolução é necessária. Os elétricos não farão motoristas de consciência limpa, pois a natureza sempre pagará o preço da evolução. A poluição diminuirá, mas não muito.

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